quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Ultreia !

"Não percorra o Caminho...faça antes parte dele..."

O Caminho de Santiago é um itinerário de peregrinação que é percorrido anualmente por milhares de peregrinos de todo o mundo, os quais se dirigem a pé, em bicicleta ou a cavalo, ao sepulcro do Apóstolo São Tiago.

O Caminho de Santiago tem sete rotas históricas: o Caminho Francês, o Caminho do Norte, a Vía de la Plata, a Rota Marítimo fluvial, o Caminho Inglês, o Caminho Primitivo e o Caminho Português. Para além destas rotas existe ainda o Caminho de Finisterra que faz a ligação entre a cidade de Santiago e Finisterra.

No final de Janeiro deste ano, e no dia de anivesário do Amândio, "acertamos" fazer o Caminho Francês com início a Junho.
Dos quatro magníficos, o Sousa e o Pedro decidiram que ainda não seria este ano.

Mas nesse mesmo dia, e como a motivação era a dobrar, iniciamos ali mesmo a semente para a realização do Caminho Português, a cumprir por todos.

O Caminho Francês já lá vai e ficaram as saudades.
Em Outubro, iniciamos mais uma caminhada ao encontro de algo mais.
Percorremos o Caminho Português e juntos chegamos a Santiago de Compostela.

Em rigor não podemos, apontar apenas um Caminho Português, uma vez que antes da marcação do Caminho pelas várias associações e entidades competentes – o que só começou a acontecer nos últimos anos - não havia nem início, nem um percurso definido.

Há vários relatos de peregrinos que viajaram para Santiago do sul e interior do nosso país, mas ainda não foi feito o levantamento de nenhum percurso "oficial" a Sul de Lisboa embora saibamos que existiam.

No nosso caso, e como o "início" foi no Porto, tínhamos a opção entre Barcelos e Braga. Em Braga segue para Ponte de Lima ou para a Portela do Homem, em Barcelos segue para Viana do Castelo ou para Ponte de Lima. De Ponte de Lima segue para Ponte da Barca e Vilarinho das Furnas ou para Valença. Existe ainda uma outra alternativa entre Caminha e Vila Nova de Cerveira.

Seguimos por Barcelos, e em seguida Valença.

A sinalização do Caminho é feita com as tradicionais setas amarelas e placas de identificação (não confundir com as setas azuis que marcam o Caminho de Fátima).

A Via da Prata passa também por Portugal mas não podemos considerar o Caminho Leonês como um Caminho Português embora fosse também utilizado por peregrinos portugueses que moravam nas imediações do Caminho.

A experiência já é alguma e rapidamente colocamos em práctica tudo o que seria necessário para seguir em frente com esta expedição. Desde o planeamento, treinos, material, tudo foi devidamente preparado. E sem esquecer, claro, a enorme amizade e camaradagem que nos une.

De 3 a 5 Outubro, concluímos mais uma travessia mágica e que mais uma vez se tornou inesquecível.

Amândio, Sousa e Marco chegaram a Santiago.

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terça-feira, 6 de outubro de 2009

O nosso percurso...as etapas!

Etapa 1: Porto - Ponte de Lima (87,9 km)



Saímos de casa bem cedo, motivados e com alguma preocupação pelas promessas de chuva para Domingo e Segunda-feira, mas mesmo assim colocamos os nossos queridos fatinhos de “expedicionário” e partimos para o ponto de encontro. Pouco passava das 07:00 e já recebíamos uma mensagem do Alberto Sousa, informando que já estava no M. Burgos à espera. Até chegar ao local de encontro ainda deu tempo para receber mais três iguais (!!). O Homem estava impaciente, também não era caso para menos, era a sua grande estreia.
Á hora marcada (07:30), estávamos os três no M. Burgos. Tiramos as fotos da praxe e partimos rumo a Rates, primeiro por caminhos dos subúrbios residenciais/dormitórios do Porto e a partir das Guardeiras, por caminhos rurais que nos guiavam pelas bonitas freguesias dos campos limítrofes da Grande Cidade.
Chegados a Rates podemos apreciar esta bonita e arranjada localidade que muito nos surpreendeu. Fomos colocar o carimbo nas nossas credenciais de Peregrinos de Santiago, e rever a Sacristã do Pároco de Rates, a Dª Arminda. Infelizmente já não se encontrava ao serviço desde Janeiro, gozando agora um merecido descanso (84 anos que não parecem de tanta vitalidade).
Posto o selo “compostelano” que irá atestar, juntamente com outros que iremos recolher ao longo de todos o trajecto, a nossa peregrinação até ao túmulo de Santiago, avançamos rumo a Barcelos, neste trecho já começamos a encontrar caminhos de terra, o que muito alegram os BTTistas. A paisagem era deslumbrante com os seus tons outonais, as vinhas ainda com parras castanho avermelhadas, e com os frutos próprios da época, figos e uvas maduras que estavam ao alcance da mão e que não deixamos de apreciar.
Neste exercício físico de superação, contemplação e apreciação, lá fomos avançando por matas, lugares e lugarejos, contornando vinhedos e pomares até chegarmos à cidade da lenda do galo.
Antes de transpormos a ponte tiramos algumas fotos e subimos de seguida até ao jardim onde se encontra um monumento ao celebre episódio da lenda que celebrizou a cidade para fazer mais uns registos digitais. Constatamos que haviam mais Peregrinos em bicicleta a caminho do túmulo do Apóstolo.
Um desses grupos solicitou ao Sousa que lhe tirasse uma foto deles. O Sousa desconhecendo a tecnologia que tão ardilosamente lhe colocaram nas mãos, virou a oculta lente para si em vez d o grupo alvo. Momento hilariante, dos muitos que o Alberto nos proporcionava ao longo do dia, ele cantava, contava-nos histórias, anedotas. Após este alegre episódio tomamos um cafezinho numa das esplanadas e avançamos para o nosso destino que era longe.
Pelo Caminho, cruzamo-nos com alguns peregrinos a pé. Um casal da Dinamarca, um grupo do norte da Europa (Alemanha/Nórdicos?), Espanhóis e duas Italianas com quem "parlamos" um pouco e tiramos algumas fotos. Para além dos Peregrinos cruzamo-nos também com muitos agricultores que andavam nas suas tarefas (vindimas, corte de madeira, estrumeiras, …).
Nós lá íamos continuando e percorrendo os bonitos lugares do Minho.
Em Portela, paramos num cafezinho, para comer um dos “poderosos” alimentos energéticos que tínhamos carregado desde casa. Um potente salpicão de Arganil, que entre pão, nos soube como um manjar.
A paisagem continuava linda, a chuva ameaçava mas não caia, atravessando pequenas pontes medievais, e por entre subidas e descidas chegamos a Ponte de Lima (16:00). Fomos de imediato à Pousada fazer o “check-in” e avançamos para o quarto com o Sousa a reclamar que queria a chave do quarto dele. Chegados à nossa camarata, deparamo-nos com um quarto simples, com dois beliches, com uma janela que preenchia toda a parede e que dava para uma bonita vista para o rio. Simples e funcional.
Instalamo-nos, banhos tomados e ala para uma volta a Ponte de Lima.
Ficamos novamente surpreendidos, com a quantidade de Peregrinos de bicicleta e a pé nesta altura do ano (mais um casal Francês e uma jovem peregrina oriental).
Entretanto a chuva fez a sua aparição, já ao cair da noite e com as bikes estacionadas. Pouco passava das 18:00, mas como não queríamos deitar-nos tarde tentamos escolher um Restaurante. A única sondagem que fizemos indicou-nos o Encanada para comermos um sarrabulho. A escolha não foi a melhor, o arroz não estava mau mas, não deslumbrava, os rojões estavam secos. A seguir uma caminhada até à Pousada com chuva intermitente.
Antes de adormecermos o Sousa ainda nos brindou com umas anedotas que nos levou a iniciar os sonhos com alegria.
A noite ainda não tinha acabado, e eis que quando dormíamos um bonito sono de uma noite que se esperava recuperadora, pelas 00:00, alguém bate à porta. Eram muitos os grupos de BTTistas na Pousada, e estes enganaram-se na porta e insistiam em bater. O Amândio ainda ensaiou um “Quem é?” numa voz grave e profunda, mas não demoveu o tocador de percussão nocturna.
Foi aí que o Sousa vestido no melhor do seu sexy traje, e com ar cândido e olhar de matador, entre abriu a porta, encostando-se à ombreira da entrada dos nossos aposentos lhes perguntou ao que vinham. Ouviu-se então o silvo de algo que se movimentou com enorme rapidez (não era o Bolt, mas parecia), tendo respondido do final do corredor foiii eennggaannoo. (exagerado?! humm...talvez um pouco, mas dá para imaginar…)
Após este acontecimento, acomodamo-nos novamente para ouvirmos as encantadoras melodias musicais que as nossas respirações produziam.

1º etapa concluída!



Etapa 2: Ponte de Lima - Pontevedra (90,7 km)


Depois de bom pequeno-almoço na Pousada saímos pelas 08:00, sem chuva, mas o tempo estava ameaçador. Atravessamos a ponte do Lima e no fim desta viramos à direita a seguir ao novo Albergue dos Caminhos de Santiago, pouco depois o percurso torna-se difícil as pedras com a chuva parecem visgo, as dificuldades por vezes não são possíveis de ultrapassar e quase logo a bike do Sousa dá-lhe uma mordida na canela da perna de onde sai fio de sangue.
Fomos insistindo rumo à temida Serra da Labruja, ultrapassando rios em cima de placas de ferro a servirem de passagem por entre matas, com subidas e mais subidas. O cenário era magnífico, o nevoeiro da manhã começava a dissipar-se e era ver como essa capa deixava sobressair as bonitas cores do Outono. O percurso estava muitíssimo bem marcado não dava para enganar e com o azimute nivelado ao cume, iniciamos o assalto à temida Labruja, e cedo se ficou a perceber que não era terreno ciclável, por isso ou empurrando-a ao lado dela ou então com ela às costas. Todos nós preferimos experimentar as duas versões, não somo esquisitos. Entre paragens para fotos e hidratação atingimos o cume.
Logo de seguida iniciamos a descida até Rubiães. Terreno onde o Sousa está como peixe em água. É vê-lo a voar encosta a baixo qual falcão destemido à procura da presa.
Com a luz filtrada pelas nuvens e pelo nevoeiro, continuamos a evoluir, nesta altura as nossas fatiotas já se tinham transformado, mas mesmo assim davam-nos um aspecto radical com odor condizente.
Em S. Bento da Porta Aberta, fizemos uma paragem para sólidos. Sande de Presunto e Cola. Aí encontramos um casal (Pai e Filha) que estavam também a morder umas sandes e que como nós estavam também em cima de bicis a caminho de Santiago. Depois do repasto despedimo-nos e metemos por um singletrack com pedras e godos, onde após este exercício de excelência, pedalamos por uma estrada larga e asfaltada e para descontrair, demos roda livre ás nossas montadas. Nisto e após uma curva algo apertada, Sousa e Marco estão parados à face da estrada, o Amândio grita "Fujam, fujam," e qual “TGV” passou como uma bala entre os dois. Moral da história: o perigo está sempre escondido e quando menos de espera ele emerge. A razão pela qual se tinha parado tinha sido originada pelo facto da miúda (Pai e filha que estavam no S. Bento da Porta Aberta) ao tentar passar da estrada para o caminho por onde seguia o trajecto, e em que apenas cabia duas rodas e pouco mais, caiu, e obrigou a que também nós tivessemos que parar. O que é certo é que quase que se originava outro acidente.
Passado este acontecimento chegamos a Valença e ao cruzar a ponte internacional ainda houve tempo para tirar umas fotos para registo da transição entre os dois países.
Continuamos o nosso caminho, percorremos de seguida Tui desde o rio Minho até ao alto onde está a Catedral, estava tudo fechado e não podemos colocar um selo na nossa credencial. Atravessamos o túnel das Monjas Clarissas e fomos percorrendo o caminho até à ponte das febres onde faleceu o celebre Bispo de Tui, San Telmo.
Antes de chegarmos ao Porriño paramos na esplanada de um café de onde posemos fim a uma “super barra” que transportávamos do Porto, um energético salame de Barrancos. Mandamos vir umas bebidas, umas fatias de pão do dia e do anterior, convidamos Pai e Filha que entretanto por lá passavam e todos juntos devoramos o dito e vimo-nos livres de mais um lastro.
Diga-se entretanto que cada um de nós levava ás costas uma mochila que pesava cada uma cerca de seis quilos e continham um mínimo de pertences individuais.
Percorremos sem história a zona industrial do Porriño atravessamos esta localidade e despedimo-nos do casal quando estes foram provar “Callos” nos excedentes de uma festa. Avançamos em direcção a Redondela pela N 550, que sabíamos que seria prudente percorre-la no Domingo, dia em que não há camiões e não há muito transito, caso contrário seria complicado e sobretudo perigoso.
Em Redondela houve tempo para umas fotos e carimbo no Albergue, e ala até Pontevedra, com valente subida pelo monte sobranceiro a Árcade, e logo a seguir novamente pela N550.
Quando iamos sem esforço e quando nada fazia supor a KTM do Amândio fica com um enorme “chupão” que só a entrega aos cuidados do Marco e do Sousa permitiu a progressão, situação que se iria verificar duas a três vezes por dia. "Roemos na casaca" da KTM mas estamos esperançados que com a escora redesenhada pela KTM e que irá ser montada até ao final do corrente mês , o problema fique definitivamente resolvido.
A cerca de 12 km de Pontevedra começou a chover primeiro timidamente mas depois engrossou. Paramos numa estação de serviço e vestimos os nossos corta vento/chuva para nos protegermos. Ao chegarmos a Pontevedra estávamos lavadinhos e encharcados, mas com o objectivo cumprido, deixar para trás a N 550.
Nesta localidade tivemos de tomar uma decisão, dormir no Albergue para Peregrinos ou no Hostal que ficava mesmo em frente a este.
O Marco e o Amândio, não colocavam nenhum entrave a ficar no Albergue, mas o Sousa tinha muitas reticências. Era apologista de ficarmos num espaço exclusivo e não partilhado. Os dois anuímos a ficar com o Sousa no Hostal, ficava “apenas” a faltar a decisão em qual das três camas do quarto é que cada um ficaria, mas isso seria decisão para a sobremesa.
Tomamos uma banhoca e com roupa pendurada a secar no quarto e casa de banho fomos jantar ao restaurante ao lado, roer umas costeletas de cordeiro, que estavam uma delicia com excepção das dos Sousa que estavam insossas. Enquanto esperávamos pelas sobremesas o Sousa deu-nos a escolher um de três palitos que representavam pelo seu tamanho uma cama. O primeiro a tirar o palito foi o Marco e saiu-lhe a cama pequena, a seguir foi o Amândio, olhou para as aparas de madeira como um atacante olha para a bola para marcar um penalty (a melhor cama era a da entrada do quarto), simulou chutar, diz escolher o palito da direita mas retirou o da esquerda e bingo, ficou na caminha porreira que o seu querido cadáver merecia.
Fomos esticar um pouco as pernas pelas ruas das redondezas e enfiamo-nos na cama ás 22:00, combinando levantarmo-nos pelas 06:30.
Caímos que nem pássaros com chumbo. Lá fora chovia imenso.

2ª etapa concluída!




Etapa 3: Pontevedra - Santiago de Compostela (67,6 km)


O último dia normalmente começa cedo. Mas este começou ainda mais cedo que o normal.
Eram 3:00 e já o Sousa nos acordava e falava bem alto no quarto. Queria conversa.
Depois de lá trocarmos algumas frases, o sono tomou conta de nós durante mais algumas (poucas) horas. O telefone do Sousa desperta e acto continuo salta da cama (parecia o Nelson Évora) acende a luz do quarto, Amândio e Marco acordam mas havia qualquer coisa de estranho. Como é seu hábito Amândio foi confirmar as horas ao seu relógio e verificou que o Raider Sousa tinha-nos acordado uma hora antes (em virtude da diferença horária entre Portugal e Espanha). O Homem estava impaciente para chegar, compreende-se.
Saímos do Hostal com os olhos esbugalhados de sono e com chuva abundante fomos à procura de um café para tomar o pequeno-almoço.
Iniciamos a etapa final por volta das oito horas, fomos à igreja da padroeira de Pontevedra para carimbar as Credenciais e tirar ainda umas fotos no casco antigo e arrancamos com água por cima e lama por baixo, mas há sempre um aspecto positivo, não estava frio.
Fomos percorrendo um dos percursos mais bonitos do trajecto pelo seu contacto com a natureza em contraste com o final do dia anterior com muita estrada. Pena era a chuva, sempre grossa e intensa, mas naquele ponto não havia grandes opções.
A determinada altura do percurso o caminho estava interrompido por um tractor que cortava umas árvores e não dava para passar pelo trilho, solução carregar com a “querida” ás costas por entre tractor, arvores e galhos cortados e ultrapassar a momentânea dificuldade.
Uma nova dificuldade apareceu ou melhor agravou-se, os “chupões” intensificaram-se e a determinada altura a corrente ficou tão maltratada que o Marco teve de retirar dois elos à corrente para que o Amândio pudesse continuar a expedição, o que não lhe permitia utilizar os extremos das velocidades e para não agravar mais a transmissão passou a utilizar quase sempre o “prato” do meio o que nas subidas mais íngremes as pernas e os pulmões queixavam-se.
Não há glória sem dor.
O tempo não dava para grandes paragens porque como estávamos muito molhados arrefecíamos rapidamente.
A última parte do Caminho é lindissima e só foi pena não a termos aproveitado mais devido à chuva intensa com que fomos castigados.
Ainda tivemos de ultrapassar a subida para o Miladoiro e para o Hospital e entramos na Praça do Obradoiro pelas 15h.
Todos aqueles com quem nos cruzamos ao longo destes dias tinham chegado na mesma altura que nós.
A Avelina e o Nuno estavam à nossa espera, depois de uma longa seca desde as 11 horas da manhã.
Tiramos fotos em conjunto e com outros Peregrinos e fomos de seguida à Oficina do Peregrino e desta vez não esperamos muito tempo 30’, mas foi o tempo suficiente para ficar todo a tremer. As mãos estavam brancas e os pés, igualmente cadavéricos.
Decidimos colocar de imediato os suportes e as bikes em cima da carrinha e partir para o Porto, enquanto fizemos esse trabalhinho a chuva continuava a castigar-nos.
No carrinho do Pedro (o companheiro que ficou no Porto por motivos profissionais), os da frente eram os Secos e os de trás os Molhados.
À saída de Santiago paramos numa estação de serviço e trocamos para a nossa roupa seca de saída nocturna que até nos pareceu um luxo.
Uma palavra de agradecimento para a Avelina e o Nuno pela simpatia, imensa paciência e pela ajuda de nos resgatarem.
Ficou o amargo de boca de não termos completado a Peregrinação com uma oração no Catedral, mas com o tempo que estava era difícil.

Chegamos a Santiago!